Já era uma vez havia um cara que era meio Davi – ele tinha uma missão na vida.
– Sou meio Davi, ele bufafa de manhã, meio puto da vida.
No café, lá vinha ele de novo dizendo “sou meio Davi”, o que dava nos nervos de Betty. Isso não é vida, Davi, uma voz dizia no caminho do serviço, que não era nada mais nada menos que um condutor de alguma cor. “Legal pra você”. Davi costumava pensar, pouco cagando para o problema da cor.
Meio Davi era um vendedor que você tinha que ver, com o dom de ser bom, o que sempre dava nos nervos de Mary. “Parece que eu perdi o ônibus, Cobber”, disse Davi sem compreender bem. “Desça do ônibus então”, disse Basuboo numa voz de bater as botas, não sacando o problema da cor realmente ele. “Ok”, disse meio Davi, humilde sem querer ofender. “Mas você gostaria que tua filha casasse com um deles?” uma voz parecia dizer quando ele saltou do ônibus como um dividido Davi.